sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Dos Arqueólogos

Em meados do século passado, um clube de uma freguesia de Lisboa sobressaia por esses tempos no panorama futebolístico nacional. Jogavam lá o Eusébio, o Coluna e o Simões. Volvido meio século, mais coisa menos coisa, esse dito clube raramente ganhou coisa que se visse. No entanto, foi promovendo como pôde as suas melhores lembranças. Ontem à noite ganhou um empate no Dragão. E os respectivos adeptos e simpatizantes, que no fundo têm o gosto da arqueologia, ficaram geralmente satisfeitos com isso.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

US household income 


Cutting the cake


The real incomes of America's richest and poorest households


THE financial crisis and its aftermath have taken a significant toll on American households, but many of the country's economic problems predate the crisis. New dataon income and poverty released by the Census Bureau reveal a picture of sustained stagnation in incomes for most American households. From the richest to the poorest, inflation-adjusted incomes were lower in 2010 than they were a decade ago. Stagnation is a relatively new phenomenon for the rich, but not for the rest. In 2010, the typical American household earned an inflation-adjusted income of $49,445, scarcely different from that in 1989 and a fall of 2.3% since 2009. Current incomes are at roughly the level of the late 1970s for those near the bottom of the income spectrum. Of course, many of today's consumer products are of higher quality today than they were in the 1970s, and the typical household has access now to things like iPods and flatscreen televisions that didn't exist then. On the other hand, the cost of everything from housing to education has risen steadily in recent decades. From a real income perspective, the American economy has already experienced a lost decade, but for the median household the picture is one of a generation of stagnation.


in "the economist" 

O Comunista

O deputado Jerónimo de Sousa tem o semblante e a postura de fidalgo antigo que fez a guerra dos Algarves, batendo-se ali com bravura, comendo sangue e pó, e que, de regresso ao solo pátrio, um tanto ferido, um pouco cansado, observa com razão e tristeza a triste gente instalada: serventuária do grande capital, devota do marketing e da psicologia da batata, incapaz de um soco de honra, prodigiosa na arte do punhal... E tem ganas de correr com eles todos e de dar antes voz ao nobre povo que amanha os campos, enquanto trauteia distraído os registos sonoros de Giacometti! E que, tal como este, há muito tempo que de cá partiu...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Desvario colossal

Costumo escrever no Tirem-me daqui!
E a partir de agora, agradecendo o convite do PT, vou passar a deixar por aqui algumas opiniões.
O meu tema do dia é o desvario colossal que por cá grassa desde há uns largos anos, e que nos levou, colectivamente, a gastar a rodos em bens supérfluos, esquecendo completamente que os empréstimos teriam de ser pagos.
Os credores, que nos assediaram forte e feio para nos obrigarem a gastar, são responsáveis maiores, e os "espertos" que fizeram as suas fortunas aproveitando o descontrolo, criando esquemas como o BPN ou o BPP, ou as empresas do estado socialista paralelo, as empresas de construção civil, as gestoras da saúde, as novas oportunidades que nunca o foram, as empresas municipais, as empresas de transportes completamente falidas, as SCUT, o TGV, o Aeroporto de Lisboa, a Parque Escolar, a terceira auto-estrada Porto-Lisboa (eles dizem Lisboa-Porto), todos são culpados.
Ficamos com um buraco de dezenas de milhares de milhões de euros, e uma enorme impossibilidade de chegar ao crédito indispensável para vivermos e crescermos e um dia pagarmos de volta as dívidas que contraímos, sem darmos provas de que saberemos gerir a nossa vida com um mínimo de juízo.
O primeiro passo é obviamente tão depressa quanto possível deixarmos de gastar mais do que temos - impostos e cortes - e depois aproveitarmos alguma renegociação dos encargos da dívida para termos alguma folga no fim de cada ano para reduzirmos, ainda que só simbolicamente, a dívida.
E começarmos a crescer, claro! Nas áreas em que podemos ser competitivos - turismo, saúde, calçado, tecnologias da informação - e ajudando selectivamente aqueles que querem criar empresas para exportar.
Esta chuva de pessimismo que os nossos órgãos de informação estão a  despejar sobre nós é um mau serviço e não ajuda nada.
Não podemos ser todos mais optimistas e mais construtivos?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

“Sometimes I think the surest sign that intelligent life exists elsewhere in the universe is that none of it has tried to contact us.”